Indubitavelmente, o ano de 2023 foi marcado pelas significativas ondas de calor que afetaram o Brasil e o mais alarmante reside no fato de que as mudanças climáticas se manifestam com uma celeridade crescente a cada ano. É nesse contexto que, durante a 28ª Conferência das Partes (COP-28), realizada em Dubai em 2023, reiterou-se a imperiosa necessidade de conter o aquecimento global, reforçando a meta de limitar o aumento da temperatura do planeta a não mais que 1,5 °C acima dos níveis registrados na época pré-industrial.

Dessa forma, o evento declarou a presente década como um período crítico para a consecução desse desiderato, já que os progressos globais ainda estão muito tímidos para atingir esse objetivo. Vale salientar que, segundo estimativas do próprio evento, as emissões de gases de efeito estufa em 2023 acarretarão um aumento de 1,1 °C na temperatura. Além disso, os países desenvolvidos, que seriam aqueles com melhores condições socioeconômicas e tecnológicas para liderar essa transição, não conseguiram atingir a sua meta de redução das emissões do efeito estufa em 2020, que correspondia a ter emissões de 25-40% dos valores emitidos em 1990.

Dessa forma, a COP-28 voltou a reafirmar a premente necessidade de implementação de políticas públicas direcionadas para um desenvolvimento mais sustentável, fomentando o financiamento de  diversas áreas, inclusive do setor de pesquisa e desenvolvimento.

Em suma, as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) - Projeto Nacional das Terras Raras (Patria) são primordiais para auxiliar em uma transição energética mais sustentável. Além disso, espera-se que as deliberações abordadas durante a COP-28 sirvam de estímulo ao governo para manter ou até incrementar seus investimentos em pesquisas relacionadas aos elementos terras raras.

22/12/2023

Prof. Dr. Mateus Botani de Souza Dias